Dama de Ferro MMA
- mayaraleite8
- 18 de nov. de 2015
- 2 min de leitura

Fabíola Nishi, é uma jornalista e radialista de Ribeirão preto. Se formou em jornalismo na Unaerp, Universidade de Ribeirão Preto, porém não exercia a profissão até criar o site Dama de Ferro MMA, voltado para a categoria feminina no MMA.
Em uma entrevista via Facebook, Fabíola nos dá suas opiniãoes sobre o esporte de uma forma geral, e a participação da mulher não só no MMA, mas também na comunicação referente as artes marciais.
Mayara: Com relação a área de comunicação e as categorias das artes marciais, você acredita que a presença da mulher na bancada de opiniões desses esportes é mais para dar um "toque feminino" ou atualmente as mulheres, assim como os homens estão dando opiniões técnicas sobre os esportes, sem essa diferenciação de assuntos para o público feminino e masculino?
Fabíola: Eu acredito que hoje as mulheres conhecem mais o esporte. O MMA é o esporte da vez no Brasil, nos últimos anos ficou bem popular e com isso, muitas mulheres começaram a entender realmente do assunto.
Mayara: Quando você decidiu que queria criar um site especialmente para o MMA feminino? Por que da escolha dessa categoria das artes marciais?
Fabíola: Quem deu a sugestão de criar um site de MMA feminino foi meu sócio, Pedro Henrique, que trabalha com MMA há muitos anos. Ele mora no Japão e começou a ver as mulheres treinando, lutando e sem espaço na mídia.
Mayara: Você já praticou/pratica algum esporte ligado as artes marciais?
Fabíola: Não, sempre fui muito sedentária. Atualmente faço exercícios, mas nada ligado as artes marciais. Quem sabe no futuro?

Mayara: Você sentiu algum preconceito quando decidiu falar/escrever sobre MMA?
Fabíola: Não senti nenhum preconceito. Trabalho em rádio e durante muitos anos a maioria da equipe era formada por homens. Também frequento muito estádios de futebol por ser corinthiana, e a maioria são homens, então não me assustei no MMA. Se rolou algum preconceito, eu não notei.
Mayara: Para você, qual o diferencial das mulheres nas artes marciais? Em especial no MMA que você conhece bem.
Fabíola: Acho que por ter pouco espaço e não ter tantas oportunidades, as mulheres dão mais shows durante as lutas. Se entregam mais, dão espetáculos para o público. Pode não ser uma luta tão técnica como os homens, mas garra e força de vontade não faltam nunca. E acho que o fato de ser mulher, ter TPM, ser mais sensível, também pode interferir.
Mayara: Acredita que as mulheres já conquistaram seu espaço nesses esportes, ou ainda estão lutando pra isso?
Fabíola: Com certeza ainda estão lutando e tem um longo caminho a percorrer. É só olhar os cards dos eventos, infelizmente a grande maioria ainda não tem lutas femininas.
Mayara: Para encerrar, gostaria de saber quais mudanças você gostaria de ver no MMA, para que as mulheres conseguissem mais visibilidade?
Fabíola: Acredito que as mudanças deveriam acontecer no esporte como um todo. Mais patrocínio para as atletas, bolsas maiores, os eventos investindo em lutas femininas. E também deveria ocorrer investimento no WMMA amador. O foco deve ser nas atletas boas e não somente nas atletas bonitas.
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