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Preconceito com mulheres nas artes marciais é coisa do passado?

  • mayaraleite8
  • 18 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Quando as mulheres decidiram quebrar os paradigmas e se integrarem nas artes marciais, foi-se rebelado uma grande onda de preconceito, onde o ódio e o medo de uma possível ameaça ao mundo marcial e viril que pertencia apenas aos homens, se tornasse algo diferente do que costumava ser. E assim aconteceu, ainda bem.

Mulheres como Keiko Fukuda, Tsuru Matsumura e Rui Sasaki, não quiseram participar desses esportes para substitui ou tomar os lugares dos homens, muito pelo contrário. Elas queriam aprender com eles, ajudar e ensinar o que aprenderam para outras mulheres, para outras pessoas. A luta das mulheres para serem aceitas nas artes marciais foi difícil e demorada. Não tiveram que provar apenas o seu potencial e que mereciam fazer parte de tudo aquilo, tiveram que provar muito mais. O preconceito não era apenas na dúvida sobre a desenvoltura das mulheres nessas artes, mas também sobre sua sexualidade e feminilidade. Por muito tempo criou-se o estereótipo de que mulheres que lutavam eram “machonas” e descuidadas, porém hoje, graças a essas corajosas e talentosas lutadoras, a maioria do público feminino pode praticar qualquer categoria dessas artes sem que precisem provar nada, para ninguém.

O preconceito vem de muitos anos atrás e perdurou durante boa parte dos séculos XX e XXI, mas não foi forte o suficiente para as mulheres, que conseguiram o seu espaço e hoje podem desfrutar desses esportes assim como os homens, junto deles.

Aqui estão alguns relatos de preconceito sofridos por algumas atletas, mais a visão delas sobre esse assunto nos dias atuais, dentro das artes marciais:

FABIOLA DE MORAES:

(Professora de artes marciais e personal trainer)

“Eu sofri muito, muito. Eu chorava, eu queria desistir, tinha raiva de ser mulher por não ser tão habilidosa quanto eles, e por precisar treinar muito mais para me considerar boa. Às vezes eu ganhava troféus e destaques, e os homens da academia onde eu treinava me diziam que eu só conquistei aquilo porque não haviam mulheres suficientes, que para o homem era muito mais complicado. Eles não valorizavam nada do que eu fazia, do meu esforço.Nossa, eu poderia ficar dias falando disso (risos). Mas hoje em dia está tudo bem diferente, hoje o preconceito com a mulher nesses esportes não predominam mais. É maravilhoso estar no meio das artes marciais hoje, é muito melhor do que ara antes.”

MIESHA TATE:

(Lutadora estadunidense de MMA)

“Acho que nós quebramos muitas barreiras e meio que destroçamos nosso “teto de vidro” que estava lá para as mulheres. Há grandes lutadoras femininas e provamos que um monte de gente estava errada. Muitas vezes as lutas femininas são as melhores lutas do card. Tenho lutado há nove anos e no início não havia gente que apoiasse o MMA feminino. Foi bem frustrante, pois não havia adversárias e muitas vezes fomos colocadas no card pelas razões erradas. Quando ia pra academia, parecia que os caras eram céticos e não botavam fé por eu ser uma mulher… mas hoje as coisas são diferentes”.

Miesha em uma entrevista para o site AskMen.

KYRA GRACIE:

(Cinco vezes campeã mundial de jiu-jitsu e comentarista da TV Combate)

“Eu cresci com um tatame dentro de casa, vendo os meus tios e os meus primos. E eu queria saber qual era a sensação de lutar, de competir e vencer alguém. Queria sentir aquilo. Era muito distante para as mulheres Gracie lutar e viver da luta, eles tinham muito ciúmes e achavam que não era coisa para mulher. Todas aprendiam um pouco de defesa pessoal, mas não seguiam em frente porque a família não gostava. Nascia mulher, eles ficavam tristes. Achavam que uma mulher não podia representar o nome da família.

Na escola só eu lutava, não existia esse negócio de mulher lutar jiu-jitsu. Eu não era convidada para as festinhas e os meninos achavam estranho, tinham aquela ideia de mulher que luta é “mulher macho”. Eu ouvi várias vezes: “Kyra, você não vai chegar a lugar nenhum, você é uma mulher, para com isso, vai fazer Ballet. Quem vai querer ter aula com uma mulher?”. Mas logo começaram a perceber que eu era boa, e que conseguia representar o nome. E foi bom, pois outras garotas da família começaram a lutar também.

Antes de fazer jiu-jitsu eu fiz Ballet, e eu adorava a roupa rosa. Quando eu comecei a treinar jiu-jitsu, era tudo muito masculino, aquele kimono branco chato. E eu quis trazer a feminilidade para esse esporte. Então eu me maquiava antes das lutas, usava kimono rosa, eu trouxe essa cor de kimono para esse esporte e pintava as unhas de rosa também (risos). Você não perde a vaidade porque faz jiu-jitsu.”

Kyra em entrevistas para a UOL e para o canal no youtube Vendi o Meu Sofá.


 
 
 

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